Impacto Imediato de Ancelotti na Defesa do Brasil

Os números não mentem: dois jogos, zero gols sofridos. Carlo Ancelotti mal teve tempo de desfazer as malas no Rio, mas já implementou a estrutura defensiva que o tornou um especialista na Liga dos Campeões. A vitória por 1-0 contra o Paraguai não foi apenas sobre a classificação - foi um modelo de como esta equipe do Brasil controlará os jogos.

O Sistema de Falso 9 em Ação

Ver Vinícius Jr. atuando como falso nove trouxe memórias do trabalho de Ancelotti com Karim Benzema no Real Madrid. O movimento entre Vini, Raphinha (recém-saído de suspensão) e Martinelli criou rotações posicionais constantes que o bloqueio baixo do Paraguai teve dificuldade em acompanhar. A mobilidade incansável de Cunha (cobrindo mais terreno que qualquer atacante, com 10,8 km) exemplificou a exigência de Ancelotti por disciplina tática de seus atacantes.

Laterais como Armas Secretas

A verdadeira história estava nas laterais. Wendell e Danilo proporcionaram corridas pela linha que esticaram o Paraguai horizontalmente enquanto mantinham solidez defensiva. Nossas estatísticas mostram que os laterais do Brasil completaram 87% de seus duelos defensivos - uma melhora marcante em relação a campanhas anteriores.

Espaço para Melhorias

Sejamos honestos - a execução no último terço ainda precisa melhorar. O Brasil gerou 2,3 gols esperados, mas marcou apenas uma vez. Como Ancelotti diria com seu humor característico: ‘Criamos, não finalizamos.’ Mas com a defesa agora organizada (apenas 0,7 xG sofridos no total), há tempo para aprimorar o ataque antes de 2026.

Isso não é o Joga Bonito chamativo - é um futebol de torneio moderno e eficiente. E se a história nos ensina algo, apostar contra um time de Ancelotti em fases eliminatórias nunca é sábio.