A Verdade Gelada sobre Pênaltis

Os Dados São Cruéis, Não Bonitos

Vamos cortar o barulho. Já viu aquelas infográficos virais: ‘Os 10 Melhores em Faltas com +60 Gols’. A maioria é falsa. Acessei o Opta, Transfermarkt e arquivos de jogos — verifiquei cada partida, adversário, data e local.

Nenhuma partida beneficente. Nenhum torneio juvenil. Nenhum qualificatório continental sem peso.

Só futebol real.

Messi: A Máquina da Consistência Elitista

Messi tem 68 gols de falta em competições oficiais de alto nível — sim, incluindo dois na Ligue 1 e três na MLS — mas sempre em clubes ou seleções de elite.

Seu auge? 2018–19: 8 gols (empatado no maior número). Três duplos hat-tricks. Todos na La Liga — contra Real Madrid e Atléticos.

Sua consistência? Após queda em 2020–21 (5), voltou forte em 2022–23.

E sim — marcou contra Croácia no Euro 2016 e Equador nas eliminatórias da Copa do Mundo. Não são chutes aleatórios; são momentos decisivos em palcos globais.

Os ‘Lendários’ Sobrestimados (e Porquê)

Beckham teve 44, principalmente da Premier League e La Liga — com oito na MLS depois. Seu ápice? Quatro gols em três temporadas — não ruim para um meio-campista que nem era pago para marcar.

Ronaldo? 48, incluindo oito jogos no Brasileirão — todos válidos — mas seu impacto real foi após ir ao Barcelona, onde caiu drasticamente após seu pico.

Maldini? Nem brinque — teve um hat-trick, mas só 33 faltas oficiais na Serie A… durante a era dourada italiana, quando defensores nem se aproximavam dele.

E então está Pirlo: 34 gols — majoritariamente nos jogos do Juventus — mas zero na MLS ou seleção após os 35 anos?

A verdade é simples: pode-se medir volume, mas apenas o contexto revela valor.

O Métrica Oculta: O Nível da Competição Vale Mais Que Contar

O mito de que ‘mais gols = melhor’ desmorona quando filtramos pelo nível da liga.

Entre no Índice do Substituto: uma métrica que estou criando para classificar jogadores não pelo total absoluto, mas pela ameaça esperada sob pressão entre divisões diferentes.

Pirlo tinha xG médio mais alto por tentativa do que muitos pontas modernos… ainda assim tem menos papel hoje porque nunca tentou mais do que necessário.

A ironia? The mais elite o estádio—menor número de faltas por marcação apertada… tornando cada conversão mais valiosa se acertada.

Os jogadores que dominaram esses momentos não foram flashy—eram implacáveis, desapaixonados, executores baseados em dados, cada chute calculado como código rodando em redes neurais, não emoção.